A EVOLUTIO E A EDUCAÇÃO BRASILEIRA: PROBLEMAS E SOLUÇÕES
O sistema educacional brasileiro perpassa nas últimas décadas por problemas multifacetados. O cenário é tão caótico que o Brasil permanece constantemente entre os últimos países elencados no Ranking Mundial da Educação. Tal fato por si só justifica a imprescindibilidade da construção de mecanismos pedagógicos adequados e de uma política pública que objetive urgentemente melhorar e alumiar o cenário obscuro que se vivencia.
Algumas imperfeições que giram em torno da Educação são discutidas e de conhecimento de todos: ausência de uma estrutura física adequada para dar correto apoio ao professor e ao aluno; falta de verbas públicas para promoção de melhorias (apenas uma parcela pequena do PIB é destinada à Educação); elementos sociais negativos que impactam de maneira muito pontual os alunos de baixa renda; insuficiência de capacitação/treinamento dos professores; distorção cultural; entre tantos outros.
Lado outro, outros aspectos desfavoráveis correlatos ao processo educacional são deixados completamente de lado. Na grande maioria das vezes, isso ocorre porque no Brasil algumas práticas pedagógicas – já enraizadas no processo de ensino e de aprendizagem – são tidas como incontestáveis e, consecutivamente, como verdades absolutas. Quando isso não ocorre, é possível vislumbrar uma defasagem em torno da preparação dos professores em relação aos meios corretos e cientificamente comprovados correlacionados ao ato de ensinar.
Há muitos pressupostos pedagógicos básicos completamente incorretos que são utilizados dia após dia em todas as instituições de ensino brasileiras. E por qual motivo isso acontece? Ao contrário dos Estados Unidos e de diversos países europeus e asiáticos, a Neuroeducação não é utilizada para dar suporte aos professores e aos alunos.
As descobertas da Ciência da Aprendizagem permanecem de modo geral desconhecidas entre os brasileiros. A título ilustrativo, enquanto mais de 100 anos de pesquisas concretizadas nas principais universidades do mundo dizem que a aprendizagem distribuída traz melhores resultados aos alunos, no Brasil utiliza-se a aprendizagem em massa. Enquanto os mais renomados cientistas cognitivos condenam o uso da separação entre os supostos estilos de aprendizagem (auditivo, visual e cinestésico), no Brasil é utilizado de modo trivial e muitas vezes como argumento de autoridade. Enquanto centenas de pesquisas científicas condenam estudar com base na curva de esquecimento de Hermann Ebbinghaus ou com apoio na suposta pirâmide de aprendizagem de William Glasser, no sistema educacional brasileiro tais pressupostos são tidos como irrefutáveis e seus autores considerados semideuses.
Os problemas básicos anteriormente elencados permeiam não somente a Educação Básica, mas igual e infelizmente o Ensino Superior e quase que a integralidade dos cursinhos.
De modo geral, os estudantes não aprendem a estudar. Eles escutam constantemente dos professores que o estudo é importante e que deve ser levado a sério. A questão que ninguém diz é: como é que se faz? Como se estuda? Como se aprende? Qual a melhor metodologia? Ninguém costuma ensinar isso! Será que por isso que a grande maioria dos alunos de hoje não gosta de estudar? Seja como for, ensinar/estudar de modo errado produz esquecimento de praticamente todo o conteúdo transmitido em sala de aula. O acúmulo de desmemórias leva o aluno a ter ansiedade, baixa autoestima e desprazer por tudo que diz respeito à escola.
Como evidenciado, os alunos não recebem adequado treinamento por parte dos professores. Muitas das vezes porque os próprios professores também nunca receberam esse tipo de capacitação.
Somente é possível melhorar o nível educacional dos estudantes na medida em que eles e os professores tomem conhecimento das questões centrais em torno da Neuroeducação, por exemplo: estudar levando em consideração os efeitos do espaçamento e da intercalação; a importância do feedback corretivo (imediato ou postergado); o modo como as emoções, os estados de ânimo e o nível de alerta impactam diretamente na construção das memórias de curta e de longa duração; a relevância do uso dos efeitos contextual, reflexão e elaboração; entre outros.
Sem esse conhecimento é impossível melhorar o desempenho cognitivo dos alunos. Sendo assim, é primordial introduzir nas práticas pedagógicas brasileiras os múltiplos aspectos correlatos à Neuroeducação. Se hoje existe luz (as pesquisas científicas), não faz mais sentido viver na escuridão (no desconhecimento).
Tomando como base os múltiplos problemas existentes no ensino brasileiro, a EVOLUTIO presta serviços de consultoria e de capacitação em Neuroeducação. Os objetivos principais são: